Orixás Omolú e Obaluayê na UmbandA – Características, Semelhanças e diferenças

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Orixás Omolú e Obaluayê na UmbandA – Características, Semelhanças e diferenças

Orixás Omolú e Obaluayê na Umbanda

Como sabemos, a Umbanda em sua constituição serve-se de diferentes influências religiosas para compor a sua estrutura rica, inclusiva e universalista. Algumas destas influências são africanas oriundas do Candomblé e dos cultos de nação. A concepção e representação das diferentes forças da natureza através dos Orixás é uma delas. Contudo, como dito acima, são influências, logo, existem algumas diferenças importantes a serem consideradas.

A principal diferença é o conceito de Orixá. Para estas religiões africanas eles são Deuses, onde cada culto de cada nação cultuava ou acreditava em um Orixá/Deus diferente. Já para a Umbanda eles são divindades, são partes de um único Deus/Olorum/Zambi/Tupã, são vibrações da natureza, diferentes manifestações da criação, possuindo diferentes características. Durante o surgimento e estabelecimento da Umbanda houveram muitas questões históricas naturais ao surgimento de uma religião que deram a Umbanda diferentes “vertentes”, algumas mais “africanizadas” e outras menos, além de diferentes influências. Logo, estes diferentes segmentos da Umbanda concebem os Orixás Omolú e Obaluayê de formas distintas.

Um outro agravante é o sincretismo realizado entre os Orixás do panteão africano e os Santos da igreja Católica. Estima-se que o panteão africano era composto de trezentos a quatrocentos Orixás, onde alguns deles eram os mesmos representados de formas diferentes. Esta história é muito interessante e pode ser pauta para outro post. Atemo-nos ao necessário apenas para direcionar nossos comentários.

Resumindo: Existem diferenças entre os Orixás para as religiões africanas e para a Umbanda, como também existem diferenças, estas bem mais sutis, entre os diferentes segmentos dentro da Umbanda. Desta forma, atemo-nos ao conceito de Orixá para a Umbanda, referindo-nos sobre as características, vibrações, etc, e não tratando dos mitos e lendas africanas referentes ao surgimento dos mesmos.

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Pois bem, toda esta introdução serve para direcionarmos nosso estudo para uma questão em específico, pois, por exemplo, é diferente falar do Orixá Oxalá africano que criou o homem a partir do barro, Oxalá para a Umbanda que é a própria vibração da fé e de Jesus Cristo que é o filho de Deus que veio à terra para salvar a Humanidade, a Umbanda é uma religião Cristã. São três coisas distintas, correto? Então, como dito anteriormente, existem algumas singularidades entre os diferentes segmentos de Umbanda.

Alguns destes segmentos consideram Omolú e Obaloayê como o mesmo Orixá representado de uma forma diferente, um em sua juventude e outro mais velho. Isto também é interessante e vem da mitologia africana, pois para Umbanda é uma vibração, uma energia, logo não sofre a ação do tempo, não é? É uma necessidade de personificação e humanização destas forças da criação que se faz necessária para nosso entendimento. Segundo a doutrina e teologia de Umbanda Sagrada iniciada por Rubens Saraceni por exemplo, são considerados Orixás distintos, inclusive dispostos em tronos diferentes e com potenciais (positivo/irradiador ou negativo/absorvedor) distintos.

Portanto, consideremos este afluente por enquanto para uma diferenciação entre ambos (Umbanda Sagrada) nas próximas considerações. Considera-se a existência de sete tronos primários da manifestação divina no universo. Cada um com um polo positivo e um negativo, um Yin e um Yang, luz e trevas, irradiação e absorção, feminino e negativo, etc., etc. Então comecemos pelo Pai Obaluayê que está assentado no polo Masculino do Trono da Evolução, fazendo par com a Mãe Nanã Buruquê, assentada no polo feminino. O trono da Evolução é também chamado Telúrico, pois seu elemento é a Terra. Como o próprio nome diz, este trono representa a evolução dos seres, o sentido da vida irradiando os fatores transmutador e evolucionista.

Como assim irradiando fatores? Que negócio é esse? Pois bem, estas vibrações são energias com determinadas características/influências, etc. que estão sempre em ação, e nós como espíritos encarnados ou não, podemos nos “sintonizar” mais ou menos com estas diferentes vibrações nos diferentes sentidos e aspectos de nossas vidas. Façamos uma analogia bem pobre com um termo utilizado por aí de “Vibe”. Exemplo: “Tchê, depois que entrei nessa faculdade, tô numa Vibe de estudar, de adquirir conhecimento e aprender cada vez mais, etc. Tô numa pilha“. Não tem disso as vezes? Ou seja, esse cara entrou em sintonia com a energia vegetal de Oxóssi. Deu para entender? Claro, a vibração é muito mais que isso, mas nos serve como exemplo. Enfim… Voltemos!

O pai Obaluayê irradia energias que nos fazem dar um passo à frente, crescer, evoluir, superarmo-nos sermos cada vez melhores nos diferentes aspectos da vida. Por outro lado, o seu fator transmutador possibilita transformar o negativo em positivo. Isso significa que através de sua energia conseguimos transformar um sentimento negativo em positivo, de algo ruim fazer algo bom, “de um limão fazer uma limonada”. E isso está diretamente relacionado à evolução do ser, correto? Evoluir não é isso? Evolução não é diminuir os problemas e sim tornar-se tão forte ou tão maior que os problemas já não nos parecem tão grandes, de maneira que isso se alcança transmutando estes problemas em aprendizado.

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Obaluayê também é relacionado à cura, ou seja, irradia energias relacionadas a cura de males físicos e espirituais. Aqui cabe uma questão interessante. Quem nunca escutou um caso de uma pessoa gravemente doente, mas que, após determinado acontecimento mudou de postura e passou a “querer melhorar”, “querer se curar”, e a partir de então, conseguiu superar os males que lhe afligiam. É algo relativamente comum. É possível relacionar esta melhora à “sintonia com a irradiação do Pai Obaluayê.

Em suma, suas principais características: 

Irradiação: Transmutação e Evolução 

Campo de atuação: Transformação e Evolução dos seres 

Elemento: Terra  Cores: Violeta, o branco, o prateado e o bicolor branco/preto 

Data comemorativa: 16 de agosto 

Dia da semana: Segunda-feira 

Sincretismo: São Roque (também com São Lázaro, celebrado em 17/12)

Já Omulu é um orixá assentado no polo negativo do Trono da Geração/Aquático fazendo par com Mãe Yemanjá. O trono da geração é o trono da vida e a água obviamente está em relação direta com ela. As primeiras formas de vida no planeta terra surgiram na água. Nós mesmos passamos nove meses na água antes de nascermos, nossos corpos físicos são compostos por setenta por cento de água. Em suma, somente onde há água pode haver vida.

Omulú é regente do equilíbrio na criação divina, o guardião da vida. Possui um magnetismo absorvedor de toda energia e sentimento desequilibrado. A irradiação do Pai Omulu atrai para o seu campo todos os seres que se desequilibram e passam a atuar de forma desvirtuada, atentando contra qualquer um dos sentidos da vida. O que isto significa? Omulu é o paralisador de todas energias nocivas provindas de desequilíbrio do ser. Isso se traduz em todas as formas de descontrole e vicitudes. É difícil explicar como esta vibração atua.

Omulú é um guardião da lei, e na lei da criação, “a semeadura é livre e a colheita é obrigatória”. Então uma, mas não a única das formas de atuação desta energia pode ser associada à purgação de todos sentimentos negativos até que os mesmos se esgotem e o ser possa começar a atuar em seu reequilíbrio, desta vez, sendo influenciada pelo polo positivo da lei. E isto pode ser traduzido em dor e sofrimento. Mas é muito importante ressaltar que isso não significa nenhum castigo divino ou algo do tipo. Isso não existe.

Colhemos o que plantamos e o sofrimento é um mal necessário para nosso reequilíbrio. Certo? Desta forma existem espíritos que atuam nos dois lados da lei. Recomendo a leitura do livro “Diálogo com um e Executor” de Rubens Saraceni para entenderem esse ponto de vista dele e para entender melhor esta questão.

Omulu também está relacionado à transição, à passagem de um plano para o outro, de um estado para o outro, também por isso foi relacionado à “morte” uma vez que rege o que na verdade ela é, a passagem de um estado para o outro. E isto dá-se de acordo com nosso estado vibratório, onde a energia de Omulu também atua em nosso “encaminhamento” para um local compatível com nosso estado. Também por isso que o Cemitério que considerado o ponto de força deste Orixá.

Pai Omulu também é relacionado à doença, ou seja, neste caso, o oposto da cura. E isso faz muito sentido, uma vez que ele está no polo oposto de Pai Obaluayê. E, estando no polo negativo, irradia a força inversa. Podemos relacionar com a pessoa que fica doente e já se entrega, perdendo as esperanças, deprimindo-se e piorando cada vez mais. E isto é ruim? Não, uma vez que tudo faz parte da lei e podemos escolher de que forma lidamos com o mal, neste caso a doença. O retorno vem de acordo com nossas atitudes e merecimento. Por vezes é necessário sofrermos, nos desiludirmos para, posteriormente, retomarmos a caminhada com energia renovada.

Em suma, suas principais características: 

Irradiação: Geração  Campo de atuação: Paralisador, gerando Estabilidade e Equilíbrio 

Elementos: Telúrico (da Terra) 

Cores: Roxo (também branco/preto/vermelho ou branco/preto juntos) 

Data comemorativa: 02 de novembro 

Dia da semana: Segunda-feira 

Sincretismo: São Bento

Ressalto aqui que esse é apenas um dos pontos de vista sobre esses Orixás dentro da Religião de Umbanda. Pois assim como toda religião e vertente religiosa, sua Teologia ou Teogonia são necessárias para justificar de onde viemos, o que somos e para onde vamos. Muitos outros pontos de vista também fazem tanto sentido quanto esse, estudemos todos e absorvamos o que melhor sentido fizer para nossa vida.

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2 comentários em “Orixás Omolú e Obaluayê na UmbandA – Características, Semelhanças e diferenças”

  1. Eu fiquei bem em dúvida. Estou na umbanda a pouco tempo, tenho uma imagem em casa coberta de palha e é de Obaluaê. E li em outro momento que no sincretismo religioso é São Lázaro.

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